sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Tocha olímpica segue por Santo André

Por Vitor Lima

A tarde desta sexta-feira (12) foi movimentada na redação do Ponto Final. O motivo do agito foi a visita de Eduardo Bragholli, o Esquerdinha, um dos três condutores escolhidos pela Prefeitura de Santo André para carregar a tocha olímpica no município. Esquerdinha é um apaixonado pelo Esporte Clube Santo André e sua devoção pela equipe o transformou em um torcedor símbolo do time e um dos personagens mais folclóricos da cidade.

O andreense foi um dos primeiros condutores da tocha dentro dos limites do município e carregou o símbolo olímpico por 250 metros na Avenida Dom Pedro II. Como tudo que faz na vida, Esquerdinha quis levar o nome e as cores do time do coração para o momento especial e preparou uma grande festa para a passagem da chama. “Fiquei três meses picando papel azul e branco. Levei quase 100 quilos de papel, rojão, bandeira e camiseta personalizada”, detalha.

Esquerdinha ostenta com o orgulho o símbolo olímpico | Foto: Vivian Silva
Toda a dedicação e paixão foram reconhecidas inclusive pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que no dia seguinte parabenizou o torcedor. “Eles me ligaram no domingo dando parabéns e falando que dos condutores, eu fui o que fiz a maior festa”.

Honrado, Esquerdinha compara a condução da tocha apenas com outros dois momentos da vida dele: o nascimento da primeira filha e o título do Santo André na Copa do Brasil de 2004. “Foi um momento mágico. Eu estou há 45 anos acompanhando o Santo André e nunca recebei um medalha, uma homenagem, nada. Foi um presente que eu não esperava”, conta.

Passado a emoção de carregar a tocha, o ilustre andreense quer aproveitar o espírito olímpico e incentivar a prática de esportes na cidade. Por iniciativa própria, Esquerdinha passou a visitar escolas do município levando o símbolo das Olimpíadas para perto das crianças. As visitas fizeram sucesso e a Prefeitura se juntou à iniciativa, concedendo transporte para que o personagem continue percorrendo as escolas.

Assim, segundo o próprio, o espírito olímpico é o principal legado que a passagem da tocha pode deixar para a cidade. “É importante o esporte andar junto com a educação. Eu tive um professor de futebol que sempre me dizia: ‘bola nos pés e livro nas mãos’. Então é esse o legado que eu passo para as crianças, um incentivo. E olha, é uma emoção muito grande para as crianças. Dá pra ver a satisfação e alegria nos olhinhos”.

No momento, enquanto o Santo André não volta à campo, esse seguirá sendo o principal objetivo de Esquerdinha. Nos próximos dias o condutor irá a Ribeirão Pires para visitar uma criança de quatro anos que precisa de tratamento médico. Na ocasião, ocorrerá uma rifa que ajudará a custear os custos do tratamento. “Não quero deixar a tocha em casa para ser só minha. Isso aqui é nosso, tem que ser usado para passar uma mensagem”, finaliza.



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