Da Redação
Os trabalhadores da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo decidiram hoje (4) paralisar as atividades da fábrica durante um dia por causa do anúncio – realizado na última terça-feira (2) – das demissões de 1.870 metalúrgicos, a partir de setembro. Serão demitidos os trabalhadores considerados excedentes e que não aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto em 1º de junho pela companhia.
Os trabalhadores da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo decidiram hoje (4) paralisar as atividades da fábrica durante um dia por causa do anúncio – realizado na última terça-feira (2) – das demissões de 1.870 metalúrgicos, a partir de setembro. Serão demitidos os trabalhadores considerados excedentes e que não aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto em 1º de junho pela companhia.
Foto: Reprodução |
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira, a Mercedes-Benz foi procurada para evitar a medida. “Procuramos a empresa logo após tomarmos conhecimento do comunicado e tentamos apresentar medidas alternativas, mas a empresa se mostrou irredutível. Sabemos que há queda na produção, mas acreditamos que existam outras formas de atravessar este período, como a renovação do PPE (Programa de Proteção ao Emprego), layoff (suspensão de contratos) ou outros instrumentos que preservem empregos”, afirma.
O sindicato também cita como alternativa para as demissões a utilização de alguns elementos similares aos do acordo aprovado nesta semana na Volkswagen para evitar a demissão de 3,6 mil metalúrgicos da fábrica Anchieta da montadora alemã. O acordo com a Volks prevê, além de layoff por até cinco meses, PDV e congelamento de salários pelos próximos anos, apenas com reposição da inflação no período.
Em nota, a Mercedez-Bens disse que continua em negociação com o sindicato para discutir as demissões, mas argumenta que o mercado de veículos tem sofrido os efeitos da crise política e econômica do País e que o desempenho do setor tem caído desde 2014.
Segundo a montadora, há cerca de 1,4 mil colaboradores em licença remunerada, desde fevereiro deste ano. Ainda assim, a fábrica opera com um dia a menos na semana, com a concessão de folga remunerada para os demais funcionários das áreas produtivas. “Nesse momento, diante de um cenário que tem se agravado, cada vez mais, não temos outra alternativa a não ser a redução do quadro de pessoal dessa fábrica”.
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