sexta-feira, 8 de junho de 2018

Sardano tentará Brasília e planeja ações na área da Segurança

Por Vitor Lima

Após ser o segundo mais votado para vereador em Santo André no último pleito (2016), Edson de Jesus Sardano (PTB) tentará alçar voos mais altos nas eleições de outubro: o objetivo é continuar sua trajetória política em Brasília, como deputado federal.

O petebista é natural de Santo André e coronel da reserva da Polícia Militar (PM). A confiança depositada por 6.132 eleitores andreenses e sua trajetória profissional, levaram Sardano a ser escolhido pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) para assumir a Secretaria de Segurança da cidade, cargo que ocupou entre janeiro de 2017 e janeiro deste ano.


Coronel da PM é vereador em Santo André e já foi
secretário de Segurança do município
 em duas ocasiões | Foto: Divulgação
O coronel deixou o cargo e voltou para a Câmara de vereadores, justamente, para disputar as eleições de outubro. Sardano já havia sido secretário de Segurança do município entre 2001 e 2003, durante a gestão do petista Celso Daniel.

Entre as principais realizações na última passagem pela Pasta, ele destaca medidas que fortaleceram a atuação da Guarda Civil Municipal, como a aprovação do novo estatuto da categoria. Na avaliação dele, as ações foram um “divisor de águas” na atuação da corporação.

Confira abaixo a entrevista com o postulante à Câmara Federal, no qual o pré-candidato defende um novo modelo de gestão da segurança pública nacional, em formato semelhante ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Ponto Final (PF): Caso eleito, quais serão as principais bandeiras defendidas por seu mandato?
Edson Sardano (ES): As bandeiras mais importantes que irei empunhar são a defesa da vida, entenda-se como a luta contra o aborto, com a ressalva das exceções já prevista em lei, o endurecimento das leis processuais penais, para diminuir os benefícios e recursos que hoje estimulam a impunidade, uma reforma no sistema policial brasileiro com ampla consulta popular e estudos comparados no mundo, focando a necessidade da gestão local. Ou seja, tal qual o Sistema Único de Saúde, que embora tenha verbas da União e do Estado, a gestão é local. Pretendo o mesmo para a Segurança. Necessitamos de uma reforma tributária que devolva mais recursos aos municípios, uma vez que a arrecadação é feita neles e as demandas também são de natureza municipal principalmente.

PF: Na sua opinião, quais as principais demandas do ABC?
ES: Creio que o ABC clama por melhoras na segurança.

PF: Atualmente, o ABC conta com apenas quatro representantes na Assembleia Legislativa e dois no Congresso Nacional. Em outras oportunidades, nossa região já teve números mais expressivos. O baixo número de representantes da região demonstra um descontentamento dos eleitores com os políticos do ABC?
ES: Não. Creio que o descontentamento é com a política em geral, mas aqui temos uma característica especial, pois a proximidade com a capital acaba fazendo com que muitos eleitores apoiem candidatos de fora.

PF: A cidade de Diadema deixou o Consórcio Intermunicipal há alguns meses e outros municípios da região indicam que podem fazer o mesmo. Como o senhor avalia a atuação do Consórcio e o aparente enfraquecimento por qual a instituição passa?
ES: Creio que o consórcio precisa ser "reinventado". É muito caro, produz pouco e, também, carece de transparência.

PF: O senhor esteve à frente da Secretaria de Segurança de Santo André por pouco mais de um ano. Como o senhor avalia sua atuação à frente da Pasta?
ES: Estou muito satisfeito. Consegui aprovar o Estatuto da Guarda Municipal, que era uma demanda de 30 anos, graças, evidentemente, ao apoio do prefeito Paulo Serra e também criei operações de impacto, dando uma ‘virada’ na postura e na gestão da Guarda, que hoje participa ativamente do policiamento na cidade. Foi um verdadeiro divisor de águas.

PF: Pesquisa do Ipea divulgada terça-feira (5) indica que pela primeira vez na história o Brasil atingiu patamar de 30 homicídios por 100 mil habitantes. Diante disso, como o senhor encara o fato de alguns candidatos serem favoráveis a liberação do porte de armas no Brasil?
ES: Isso é muito complicado. Há argumentos para qualquer uma das opções, mas eu entendo que a posse pode ser flexibilizada, em especial na zona rural e locais afastados, mas o porte carece de maior restrição.

PF: Dos atuais nomes colocados na mesa, quais lhe agradam mais para governador e presidente?
ES: Geraldo Alckmin (PSDB) e Márcio França (PSB).

PF: Já está definido qual candidato o senhor apoiará para a Assembleia Legislativa?
ES: Tenho que avaliar conjunturas partidárias, mas tenho uma identidade programática com o Almir Cicote (Avante) em Santo André.



Nenhum comentário:

Postar um comentário