O trabalho contínuo de monitoramento e revitalizações realizado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) reduziu, nos últimos dois anos, em 18% o número de pontos irregulares de descarte de resíduos na cidade. Em 2017, a cidade contabilizava 68 pontos, contra 56 atualmente.
Uma das principais frentes do Semasa neste ano para diminuir ainda mais a quantidade de áreas degradadas tem sido o combate aos pontos que ficam nas divisas de Santo André com a zona leste da capital, principalmente nos pontilhões que cruzam o córrego Oratório. Neste semestre, três locais na divisa deixaram de ser prejudicados pelo despejo de materiais e ganharam um novo cenário.
Queda é resultado do trabalho contínuo de monitoramento e de revitalizações, como pintura e plantio, nos locais | Foto: Divulgação |
O pontilhão da rua Maestro Erlon Chaves, na Vila Clarice, começou a passar pelo processo de transformação em abril. Os trabalhos de melhorias iniciaram em parceria com a Ecourbis – empresa responsável pelos serviços de coleta, transporte e destinação de resíduos na capital –, que retirou as caçambas que ficavam no espaço e eram usadas por uma comunidade vizinha, o que agravava a situação do descarte. Após, a equipe do Semasa trabalhou para implantar um novo calçamento e muretas, aumentando a segurança dos pedestres. As intervenções, que também envolveram nova pintura, ficaram prontas em maio.
Na avenida João Pessoa, no Jardim Utinga, o ponto foi eliminado com a ajuda de um condomínio localizado ao lado do pontilhão. Os moradores instalaram placas proibitivas de descarte e câmeras de monitoramento, permitindo que o Semasa utilize as imagens para penalizar infratores por descarte irregular. O condomínio também colaborou na limpeza do local, realizando inclusive a pintura no espaço com tintas cedidas pelas estações de coleta da autarquia.
Só em 2018, o Semasa gastou cerca de R$ 320 mil na limpeza dos pontos Erlon Chaves e na João Pessoa. No primeiro local, a equipe de limpeza retirou 1.035 toneladas de recicláveis e, até abril de 2019, 504 toneladas.
Outra via beneficiada do Jardim Utinga foi o pontilhão da rua Miguel Gustavo, que também teve caçambas retiradas da área, a calçada e a mureta revitalizadas e o muro pintado com o apoio da população. Além disso, a Prefeitura doou mudas para serem plantadas no local. Até junho deste ano, o serviço de limpeza custou aos cofres públicos mais de R$ 194 mil.
“A situação está bem melhor. Ficava muito lixo aqui, era mosquito dentro da minha casa, fora o lixo dentro do córrego. O cheiro era muito forte e agora isso acabou. Nunca mais vi acúmulo de materiais aqui”, disse Fabiana de Lisboa Reis, que mora ao lado do local.
Jardim Santo André – Longe das divisas com a capital, outra ação importante no combate aos pontos irregulares de descarte tem ocorrido no Jardim Santo André. Além da implantação do programa Moeda Verde no bairro, nos núcleos Cruzado I e II, moradores e estudantes da região têm recebido orientação, com ações de educação ambiental, sobre a importância do descarte correto de resíduos.
O local onde existia um dos maiores pontos de descarte irregular no bairro, na travessa 16 da rua Lamartine, recebeu, em junho, benfeitorias como a restauração do passeio e novos plantios, além da retirada de caçambas. Por causa do descarte de resíduos, o Semasa gastou aproximadamente R$ 83 mil.
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