Da Redação
Depois de pouco mais de seis de meses, a tapeçaria de Roberto Burle Marx retornou ao seu local no salão nobre do 9º andar do Paço Municipal de Santo André na última segunda-feira (24). A peça, a maior tapeçaria produzida pelo paisagista, com 26,38 metros de comprimento e 3,27 metros de altura, foi retirada no início de abril para integrar a exposição Roberto Burle Marx: modernista brasileiro, em cartaz no Museu Judaico de Nova York no período de maio a setembro passado. Cerca de 54 mil pessoas conferiram a exposição.
Peça tem 26,38 metros de comprimento e 3,27 metros de altura | Foto: Anderson pedro/PSA |
De acordo com a arquiteta Érica Tortorelli, que acompanhou o processo de empréstimo, o transporte da peça desde Nova York até Santo André teve os mesmos cuidados tomados quando da ida. O trabalho foi executado pela empresa Millenium, especializada em transporte de obras de arte, contratada pelo Museu de Nova York.
Antes de sua instalação no salão nobre do 9º andar do prédio do Executivo, no entanto, foi necessária a realização de uma manutenção no chassi que sustenta a peça. “Quando da retirada, notamos que o chassi estava desalinhado. A empresa contratada para executar o serviço também instalará uma extensão para permitir a perfeita instalação da tapeçaria”, disse. No total foram investidos R$ 15 mil.
Contrapartida
O empréstimo da tapeçaria foi aprovado pelos órgãos de preservação do patrimônio nos níveis municipal, estadual e nacional. Foi necessária ainda uma autorização do Iphan para a saída da obra do País. O Museu Judaico de Nova York, em contrapartida, subsidiou a restauração das luminárias do saguão do Teatro Municipal. Para tanto o valor de R$ 38 mil foi destinado ao Fundo Municipal de Cultura exclusivamente para este fim. A novidade é que os trípticos de concreto do saguão, projetados por Burle Marx, também ganharão um sistema de iluminação. Atualmente está em processo a licitação para contratação da empresa que executará o trabalho.
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