terça-feira, 10 de setembro de 2019

Atila Jacomussi volta a ser prefeito de Mauá

Redação com ABr

Nesta terça-feira (10), Atila Jacomussi retornou ao comando da Prefeitura de Mauá. Ele estava afastado oficialmente desde abril deste ano, quando teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores.  Ontem (9), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu por unanimidade, três votos a zero, acatar liminar que anula o decreto legislativo que impedia Jacomussi de ser prefeito. 

Jacomussi retornou ao comando da Prefeitura, nesta terça-feira (10), após decisão do TJ-SP | Foto: Caio Arruda

Após ser preso duas vezes em operações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público, em 2018, suspeito de desvio de verbas da merenda da cidade, o prefeito estava livre desde fevereiro, devido a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde então, a vice-prefeita, Alaíde Damo (MDB), estava como responsável pela gestão da cidade.

"Tenho que destacar que durante o período em que não estive atuando como prefeito, em nenhum momento deixei de acreditar que a justiça seria feita e já reassumimos o trabalho e vamos levar mais qualidade de vida ao povo de Mauá, que tanto merece", afirma Jacomussi.

Histórico 
A última prisão de Jacomussi foi feita durante as ações da Operação Trato Feito, deflagrada em 13 de dezembro de 2018, pela Polícia Federal. Segundo o inquérito, Jacomussi liderava um esquema criminoso que chegava a movimentar R$ 500 mil por mês. As investigações indicam que eram cobrados entre 10% e 20% sobre os contratos da prefeitura para o pagamento de propinas. Eram fraudados os processos para aluguel de veículos oficiais, reforma de parques, serviços de limpeza e sinalização de vias. De acordo com a PF, o dinheiro era repassado para 22 dos 23 vereadores da cidade.

A Trato Feito é um desdobramento da Operação Prato Feito, deflagrada em maio, que apurava o desvio de recursos públicos da merenda escolar em diversas cidades de São Paulo. Na ocasião, Jacomussi também foi preso, sendo libertado por outra decisão de Gilmar Mendes, em junho.  A defesa do prefeito nega que ele tenha participado dos esquemas.

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