terça-feira, 17 de setembro de 2019

Prefeitura de São Bernardo do Campo toma posse de mais dois imóveis particulares abandonados

Redação

A cidade de São Bernardo do Campo possui 237 imóveis particulares em condições de abandono e com altos débitos, há mais de cinco anos, cujo montante de dívidas soma em torno de R$ 800 milhões, segundo balanço da Prefeitura. O abandono gera ocupações irregulares, bem como coloca a população em risco, ao criar a sensação de insegurança e perigo para a saúde, pois se torna local, muitas vezes,  para descarte irregular de lixo e entulho, ocasionando a proliferação de pragas urbanas.

Os dois últimos imóveis arrecadados ficam na Rua Silva Jardim, 231 (foto), no Centro, e na Avenida Maria Servidei Demarchi, altura do número 2.300, no bairro Demarchi | Foto: Omar Matsmoto/PMSBC

Para resolver esta questão, a gestão do prefeito Orlando Morando sancionou a Lei Municipal 6.691, de 28/06/2018, que tornou possível a Prefeitura de São Bernardo a tomar posse de imóveis particulares abandonados e com dívidas acumuladas com município para a transformação em espaços públicos. Até o momento, sete imóveis foram arrecadados, sendo que os dois últimos estão localizados na Rua Silva Jardim, 231, no Centro, e na Avenida Maria Servidei Demarchi, altura do número 2.300, no bairro Demarchi.

Com isso, a Administração Municipal transformou um terreno abandonado, que abrigava um posto de gasolina, entre as ruas Jurubatuba e Joaquim Nabuco, no Centro, na nova base central do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU). Outros quatro espaços em situações semelhantes têm destinação encaminhada no Rudge Ramos, na Vila Helena, no Jardim Silvina e Assunção.

O prefeito Orlando Morando comenta esta iniciativa: “Existem casos de imóveis abandonados que vão acumulando débitos de tal forma que ficam impagáveis. O ideal seria que seus proprietários conseguissem preservar suas propriedades. Tanto que o ponto observado pela legislação não é o tributo, e sim o abandono. Esses problemas geram inúmeros problemas para a população com ocupações irregulares, ocorrências policiais, descarte irregular de lixo e entulho, que causam a proliferação de pragas urbanas com a atração de baratas, ratos, moscas, entre outros bichos e insetos. Esta Lei vem com o intuito de devolver a função social ao espaço”.

A Prefeitura providenciará nos próximos dias um mutirão de limpeza nesses imóveis citados no Centro e no Bairro Demarchi. A destinação ainda será definida pela Administração Municipal. “A partir de agora vamos mapear quais serviços podem ser instalados nesses locais e, em breve, faremos o anúncio”, afirma o chefe do Executivo.

Lei amparada em legislação federal 
Antes da desapropriação, os proprietários dos imóveis são notificados e recebem prazo de 30 dias para que contestem o apontamento e apresentem propostas de negociação dos débitos. A Lei Municipal 6.691 está amparada na Lei Federal 13.465, de 11/07/2017, que versa sobre “os imóveis urbanos privados abandonados, cujos proprietários não possuam a intenção de conservá-los em seu patrimônio e ficam sujeitos à arrecadação pelo Município ou pelo Distrito Federal na condição de bem vago”.

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