terça-feira, 24 de setembro de 2019

Prefeitura anuncia projeto de ampla reestruturação do Craisa

Por Vitor Lima

A Prefeitura de Santo André anunciou hoje (24) projeto para modernização e ampliação da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André (Craisa), na Vila Metalúrgica, em Santo André. O projeto prevê a concessão do espaço para a iniciativa privada. Em contrapartida, o projeto prevê que a empresa, ou grupo, que adquirir a concessão do espaço (por 30 anos) entregue um Mercado Municipal para a cidade, que envolve amplo cronograma de obras na área.

Os interessados em obter a concessão deverão dispor de R$ 186 milhões (R$ 166 milhões para obras e R$ 20 milhões de outorga destinada à companhia). O edital também prevê que a vencedora do certame destine, no mínimo, 3% do faturamento oriundo dos negócios desenvolvidos na área.
A previsão é de que a partir do início das obras, as intervenções durem 2 anos e 6 meses. Antes, contudo, o projeto deverá seguir os ritos processuais.

Projeto foi apresentado em coletiva de imprensa,
seguida de Audiência Pública, na tarde de hoje (24) | Foto: Vitor Lima
O primeiro passo foi dado ainda hoje. Após a coletiva de imprensa, o Paço Municipal sediou Audiência Pública sobre o tema. A Prefeitura não precisou quando publicará o edital, mas por exigências isso só pode ser feito 15 dias após a Audiência.

De acordo com as informações transmitidas pelo prefeito Paulo Serra e pelo superintendente da Craisa, Reinaldo Messias, a expectativa é de sejam criadas 4 mil novos empregos diretos e 11 mil indiretos após a finalização das mudanças.

Isto porque o projeto prevê novos 153 boxes e 51 pedras (atualmente são 63 e 81, respectivamente), o que aumentará consideravelmente o número de comerciantes e trabalhadores envolvidos nas operações.

O projeto também estabelece que os concessionários que já atuam no local seguirão suas atividades normalmente e gerando receitas para a Craisa. Todos os concessionários futuros, no entanto, repassarão os valores para os ganhadores da concorrência pública.

Atualmente, uma concessionária da Craisa paga pouco mais de R$ 3 mil/mês para utilizar uma área de aproximadamente 90 metros quadrados. Após a concessão a companhia não terá nenhum poder de influência nos valores requeridos pelos novos administradores, que seguirão “valores de mercado”, como citou Messias.

Reestruturação

Os administradores do local aproveitaram a ocasião para prestar contas sobre a atual gestão e ressaltaram as mudanças administrativas impostas para recuperar a saúde financeira da empresa pública.

De acordo com eles, ao assumir o local a Craisa registrava R$ 68 milhões em débitos; o número caiu e, após renegociações e aumento das receitas, está em R$ 33 milhões. Essa melhora possibilitou que a companhia conseguisse a certidão negativa de débitos, o que não ocorria há 28 anos.

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